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Ao longo dos anos, fui colecionando algumas histórias acadêmicas para acalmar alunos e colegas aflitos. Na hora certa eu as retiro da algibeira e a pessoa percebe que não é a única e nem a primeira naquela situação. Além de trazer algum conforto, as histórias dos outros nos fazem pensar em como serão os próximos capítulos da nossa novela acadêmica
Há alguns anos tive que contar muitas delas para uma classe com uma data iminente de entrega de um trabalho, e percebi que as histórias eram tantas que estava começando a esquecer algumas. Daí resolvi juntar e organizar tudo aquilo, pensando também nos tantos alunos aflitos mundo afora.
O ilustrador Orlando Pedroso da Folha de São Paulo foi o primeiro a ler o livro para criar suas imagens. Se este livro criar na sua mente a mesma riqueza de imagens que criou na do Orlando, ele cumpriu sua finalidade.
Uma das histórias impublicáveis é dos meus tempos em Harvard, quando tive que adquirir uma casca, uma proteção contra o lado destrutivo da crítica. Aquilo era o Festival Internacional de Crítica. Criticava-se o que se conhecia e o que nunca se tinha ouvido falar. Criticava-se para fazer amigos e inimigos... Meu grande esforço então era tentar ouvir o conteúdo delas, independente de suas variadas origens: vontade sincera de contribuir, inveja, precaução, despeito...
Já acompanhei muitas histórias se repetindo. Uma novela muito parecida com a sua está aqui dentro e melhor ainda, incluindo os próximos capítulos.
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